Depoimento do Rivelino, sobre a militância contra o preconceito

“Quanto mais gente estiver se mostrando, estiver trabalhando em prol da causa, dar depoimentos, entrevistas, contando a vida, os casos, isso serve de referência para outras pessoas, isso ajuda outras pessoas a saírem do armário, ajuda mães a entenderem os filhos enquanto gays. O que eu acho legal na militância é que a gente tem conseguido pessoas muito interessadas na causa. Temos grupos fortíssimos em várias cidades..."

 

Sobre o pai: “Meu pai falou: ‘Eu só queria dizer pra você que, quando você chegar na velhice, você vai ser muito infeliz, você vai morrer sozinho, porque você não vai ter uma esposa, não vai ter filhos, netos. Você vai morrer sozinho, infeliz.’ Eu falei: ‘Então, vou dizer uma coisa pro senhor, se eu tiver que passar minha velhice infeliz, eu prefiro que seja a velhice, porque eu não vou passar minha vida inteira infeliz para fazer você feliz, porque o senhor e a mamãe já tiveram projeto de vida, já tiveram seus filhos, já fizeram da vida de vocês o que quiseram... Essa é a minha vida, então vou ser feliz a minha vida inteira e tenho certeza que Deus não vai deixar eu ser infeliz na minha velhice. E se, ainda assim, eu tiver que morrer sozinho, prefiro morrer sozinho, mas vou ter tanta lembrança boa da minha vida toda que pra mim isso não vai fazer a menor diferença.’ E eu nunca mais falei com meu pai, nunca mais."